Pelo menos nos últimos 28 anos a campanha política no estado sempre foi polarizada entre o PMDB de Iris e Maguito contra o PSDB de Marconi e cia. Enquanto o PMDB esteve no governo estadual, quem regia o governo federal era o PSDB e outros com caráter oposicionista, e nos ultimos 12 anos, o PSDB esteve no poder estadual e apenas durante 4 anos tiveram laços estreitos, e depois o estado enfrentou duras épocas com o governo Lula.
Nos primeiros 16 anos, o PMDB dominou todos os cargos, até acontecerem as privatizações de Cachoeira Dourada, Corumbá e a quebra da Caixego.
Daí vieram os azuis, a partir de 1998, mas deixaram seqüelas também. Um estado semifalido, com a CELG na lama, venderam o BEG e censuraram a imprensa.
Nos últimos 4 anos, vivemos um hiatus na política goiana. Entrou um Governador que foi eleito pelo Marconi, mas quando no poder, descobriu que o estado estava quebrado e então teve de se humilhar aos velhos dinossauros do PMDB.
Isso aí é briga de cachorro grande |
Dito isso, visto que nos primeiros anos de governo Lula, a relação entre o tucano e o petista era a mais harmoniosa possível, onde Lula ainda chegou a elogiar o jovem governante pelo seu trabalho em Goiás. Mas isso mudou, principalmente depois que Marconi virou senador.
Nestes 8 anos, não lembro de muitos momentos em que Lula saiu de ali, Brasília (250 km) para a nossa gloriosa capital Goiânia. O que dirá de nossos Ministros?
Orlando, do Esporte, veio a Goiás e prometeu nos a Copa do Mundo em 2014... Era para não acreditar?
Só tive a noção do grande conflito entre Goiás x Governo Federal quando saiu o resultado das sedes da Copa do Mundo. Apesar do futebol goiano estar entre os 8 maiores do país, ter times em série A do brasileiro, série B, um estádio que é muito utilizado pelos nossos times e que não vai ficar no desuso, quase 2 milhões de habitantes, renda per capita acima da média nacional, clima mediano e ainda sim... Cuiabá foi escolhida. Me digam onde Cuiabá é melhor que Goiânia? Na safra de trigo? Na quantidade de cabeças de gado? Isso não enche estádio. Cuiabá é melhor do que Goiânia, segundo a FIFA, CBF e Governo Federal porque o governador do Mato Grosso é um dos maiores aliados de Lula e cunhado do Ricardo Teixeira (presidente da CBF), e essa é uma história que a maioria dos goianienses não vão engolir. Quero ver quando Eslovênia e Suiça jogarem no tal do 'verdão' no calor de 40º C. Certamente o poder político fara de tudo para só terem jogos de times africanos naquele local.
Esse foi o primeiro grande alerta que tive sobre o caos da nossa política.
Dias atrás o Presidente subiu no palanque junto aos seus candidatos, entre eles o candidato ao Governo de Goiás, o Iris Rezende, e disse ter sofrido muito nos últimos anos por conta dos três senadores que representavam Goiás serem da oposição (dois do PSDB e um do DEM) e não conseguiu viabilizar recursos para o estado por conta destas rivalidades.
Esperem aí! Isso está muito errado, e não interessa para o lado de quem! Oposição tem de ser oposição para fiscalização dos projetos e atos do governo, e não para barrar verbas de obras. Isso serve tanto para os Senadores como para o Presidente. O povo está acima das briguinhas adolescente-políticas, e não podemos ficarmos a mercê das verbas barradas pelo senado ou pelo governo.
E tudo encaminha para continuar assim como está atualmente, Goiás contra o Brasil. A Dilma, seguidora fiel do Lula disparada nas pesquisas, assim como Marconi está na frente do Iris, sendo que o Lula, com 80% de aprovação não consegue emplacar a candidatura do ex-prefeito de Goiânia.
Iris está praticamente sozinho. São poucos os goianos que votarão no Iris por causa do Lula. Afinal devido ao tempo de esquecimento que o estado viveu enquanto PT nacional e PSDB estadual brigavam, o PMDB estadual acabou se beneficiando da força política que já tinha no estado.
Quando o Lula chegou ao poder, ele nomeou como Presidente do Banco Central o Henrique Meirelles, que tinha sido o deputado Federal mais bem votado de Goiás, e sempre tivera representado o PSDB. Até no ano passado, isso poderia ser contado para amenizar a guerra e o estado não ser tão prejudicado. Mas eis que Meirelles, principal apoiador de Marconi em 2002, se filia ao rival, PMDB em 2010.
Para os goianos, resta a fé de que um dia teremos um Presidente que irá olhar para o nosso Estado e irá investir no seu potencial.
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