terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ah, as eleições...

Todo mundo odeia conversar sobre política, ainda mais em tempos de eleições. Os céticos dizem que 'todo ano é a mesma coisa' e que 'não vai mudar nunca', já os fantasiosos preferem acreditar que 'agora vai, agora o Brasil vai pra frente'. Em verdade vos digo, nem um nem outro.
Em um país com tanta representatividade internacional, não cabe o radicalismo. Nossos amigos céticos podem dizer que, se a situação no Brasil estivesse boa, o país precisava de crescer tanto quanto a China, Bolívia, Rússia. Mas vamos fazer um cálculo rápido:
Se em um ano, um país tem 1 Bilhão de dólares como PIB, e no final do ano ele dobra esse 1 Bilhão para 2 Bilhões, este país teve um crescimento de 100%.
Já, se este mesmo país se tem os mesmos 2 Bilhões de dólares, e no final do outro ano ele consegue mais 1 Bilhão, significa que ele cresceu apenas 50%.
Isso dá outro aspecto no US$ 1 Bilhão de crescimento.
Este é só um exemplo rápido.
Não é porque a China, Bolívia e Rússia tem uma porcentagem maior de crescimento que a situação destes países e seus habitantes são melhores. Quase sempre isso é certeza de que a situação interna está um caos.
Números de crescimento são frios, e não devem ser usados para comparação sem se levar em conta outros inúmeros fatores que diz se realmente a situação no país é realmente boa.
Os mini-pescadores do xerume
Na China a imprensa é totalmente controlada pelo governo, e este governo poderia muito bem maquiar os seus números de crescimento para que os grandes investidores mundiais procurassem seu país. Ainda podíamos levar em consideração as grandes diferenças de níveis sociais e econômicos daquele local, como as potencias da China, Pequim e Xangai, comparada às regiões miseráveis daquele país, onde criancinhas pescam o peixe que vão comer no almoço em meio aos xerumes dos córregos que passam perto dos grandiosos depósitos a céu aberto de lixo e esgoto chineses.
E isso se repete na Rússia também e na maioria dos países que tem a taxa de crescimento tão acima do nosso país.
Aqui no Brasil, se uma mulher não tem condições de pagar um hospital particular para fazer um parto, o pior que pode acontecer é ela ter todo o acompanhamento (pré-natal) e o próprio parto em rede pública, onde, se todas as recomendações médicas forem seguida, a gravidez será um sucesso. Na China normalmente os partos são feitos em manjedouras, a la menino Jesus.
Aqui, qualquer doença procuramos os CAIS, Posto de Saúde da Família, ou qualquer outra instituição pública de saúde mais perto. Na China para melhorar de saúde, você mesmo colhe as ervas que nascem aos arredores das casas chinesas.
O nosso Brasil é o país mais desigual do mundo, porém na China, onde a desigualdade não é tanta, os pobres daquele país ficam dias sem comer, imagina os ricos, que não estão tão acima dos pobres!
Aprendemos sempre a ter desgosto com nosso país, a reclamar de tudo que se é produzido pelo nosso povo, a reiterar sempre que não temos cultura própria, que todo brasileiro tenta levar vantagem em tudo. Espera aí, quem no mundo não tenta levar vantagem em nada?
Nosso povo tem nossas riquezas, tem nossos valores, nossas culturas e o q a maioria dos povos não tem, a diversidade e o bom convívio com ela.
Penso eu com meus botões que o que realmente não temos é patriotismo.
Patriotismo suficiente para comparar todos os candidatos em uma eleição de modo imparcial, sem julgar sem provas por um ato que o 'povo' diz que esse candidato cometeu. Ou patriotismo suficiente para votarmos em um candidato pelas suas propostas e decisões e não escolher o 1º ou o 2º colocado em uma pesquisa eleitoral, dizendo que se votar no 3º, irá perder seu voto. O voto não é perdido e você ajudou a escolher o melhor candidato.
Pensem com otimismo, mas não fantasiem. desconfiem de todos, mas não fechem a cabeça. E lembrem-se, em um período de escolhas importantes, talvez a 3ª ou a 4ª via são as melhores opções.

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